
(Este é meu irmão-menino Roberto, mui amado! E maravilhoso escritor! Este texto lindo é dele.)
O AMANHECER, VISTO DAS JANELAS DOS OLHOS DE UM POETA
No álacre horizonte encontra-se
um céu de brilho irradiante
com uma luz meio aliforme,
podendo ser comparada a um diamante.
Creio eu ser o nascer do sol,
com seu alvor raios afora.
Em todos os cantos dá pra se ver
o belo fato que se expõe agora.
Com o fim da noite chega a manhã,
o sereno já não cai aqui,
a brisa suave como um talismã,
a lua some, já se põe a dormir?
Os pássaros cantam em alegria
melodias ricas e harmoniosas,
com a chegada desse novo dia,
com a natureza descrita em versos e prosas.
Brancura nívea na flor vista pela manhã,
um orvalho úmido começa a molhar,
também o campo nu começa a sentir
a própria vida que o está a tocar.
E aquela flor (a musa), que quase todos não viram,
continua dormindo, num sono sonhado,
e os belos e lindos lírios do campo se admiram
com o belo espetáculo que está a seu lado.
A andorinha já se põe a voar,
com todo o seu bando em sua companhia,
todos os pássaros se põem a buscar
subsistência, calor, alegria!
E minha doce flor, donzela, dormindo ainda sem jeito,
com os seus sonhos presos ao nada,
com uma almofada encostada no peito,
com a beleza igual à de fada.
E o poeta, ao sentir tudo isso,
Constrói, em instantes, um mundo a seu jeito,
enfim, guarda, encantado, o papel e a caneta
e se recolhe ao berço do leito.
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